Data reforça a necessidade de diálogo em família sobre a decisão de doar e destaca ações do Hospital São Lucas e do Estado para ampliar o número de transplantes
No dia 27 de setembro é celebrado o Dia da Doação de Órgãos, uma data que reforça a necessidade de dialogar sobre um tema que pode transformar vidas. Para a gerente assistencial do Hospital São Lucas (HSL), Adriane Welter, falar sobre a intenção de ser doador é um gesto de responsabilidade cidadã e de amor ao próximo.
Segundo ela, é fundamental que cada pessoa manifeste ainda em vida à família o desejo de doar ou não os seus órgãos. “Esse gesto ressignifica a vida e também a morte, porque quem recebe melhora sua condição de saúde e volta a ter qualidade de vida. Para quem doa, há o significado da continuidade da vida do ente querido em outra pessoa”, afirma.
No HSL, encontros internos vêm sendo promovidos justamente para estimular essa reflexão entre os profissionais de saúde. A ideia é que o tema ultrapasse as paredes do hospital e seja levado para dentro de casa, grupos de amigos e comunidades, fortalecendo a compreensão do que representa a doação.
O Mato Grosso também tem avançado nesse campo. Através da Secretaria Estadual de Saúde e do Conselho Estadual de Transplantes, treinamentos vêm sendo realizados para capacitar hospitais de médio e grande porte, fortalecendo as chamadas Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Essas comissões têm o papel de identificar potenciais doadores e, sobretudo, acolher de forma ética e humanizada os familiares em um momento de dor, oferecendo a possibilidade de doação.
Os números comprovam o impacto desse gesto. Somente no primeiro semestre deste ano, mais de 14 mil transplantes foram realizados no Brasil. “São muitas pessoas beneficiadas que melhoram suas condições de vida a partir de uma decisão que precisa ser conversada em família. Pois, diante da morte encefálica, são os familiares de primeiro grau que autorizam a doação”, reforça Adriane.
O Hospital São Lucas, instituição filantrópica de referência em Lucas do Rio Verde e região, também está implementando sua própria CIHDOTT. O objetivo é capacitar os profissionais de saúde para que tenham mais conhecimento sobre o processo e possam orientar a comunidade com sensibilidade, informação e consciência. “Nosso papel é informar e acolher, sempre lembrando que a doação de órgãos é um gesto nobre capaz de salvar e transformar vidas”, completa Adriane.
Fonte: Verbo Press