Estrutura física foi viabilizada e a equipe que atuará no setor vem recebendo capacitação
Muito em breve o Hospital São Lucas contará com o Banco de Leite Humano em funcionamento. A unidade vem sendo implantada para atender recém-nascidos que dependam do produto. O primeiro passo para a implantação do banco de leite foi a viabilização do espaço físico. Em seguida, a adequação dos equipamentos e a capacitação da equipe que atuará neste setor. O banco de leite do HSL será o primeiro da região do Vale do Teles Pires e vem se tornando realidade graças a parceria com o Rotary Clube e Prefeitura Municipal.
A coordenação do Banco de Leite Humano está a cargo da nutricionista Janaina Woicichoski. Com 15 anos de formação e especialista em educação alimentar e nutricional na infância e especialista em nutrição materno infantil, com ênfase em aleitamento materno, Janaina foi cedida pelo município.
“Estamos passando por esse processo de implantação, adequação do espaço, aquisição de equipamentos para deixar o ambiente adequado para receber essas mulheres e essas doadoras. E também para fazer todo o processamento do leite”, adiantou a nutricionista, citando que o produto passa por análise antes de ser liberado para consumo. Essa avaliação, inclusive, faz parte da capacitação dos profissionais que atuarão na unidade. O curso, ministrado pela Fiocruz, tem carga horária de 180 horas. “É um curso gratuito. A equipe vai ter acesso a esse treinamento para que esteja apta a atuar dentro do banco de leite”. Além da nutricionista, a equipe será formada ainda por outros profissionais, como técnicos em enfermagem e técnicos em nutrição, além do pessoal de apoio e suporte.
O banco de leite em implantação no HSL vai integrar a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. O Brasil, aliás, é referência neste segmento, por conta de sua política de aleitamento materno e por criar essa rede de bancos de leite. “Essa ideia foi levada a nível global. Então, para a gente é um privilégio ter algo assim no nosso município. É um avanço gigantesco, uma questão do ponto de vista de saúde, porque implantando essa estratégia hoje, no futuro a gente vai ter menos incidência de doenças e tantas outras coisas que podem vir a acometer a população por falta do aleitamento materno”, explica Janaina.
A última etapa para entrar em funcionamento compreende a realização de campanhas de orientação a eventuais doadoras de leite e ainda a captação de frascos para a coleta do material.
“O leite materno é o melhor alimento que existe para o bebê, é o alimento mais individualizado, atende às necessidades da criança naquela etapa de vida. Então, ter um banco de leite dentro de uma instituição de saúde como a nossa é algo imprescindível”, ressalta a nutricionista.